"Se num dia de tristezas, tiveres de escolher entre o mundo e o amor... escolha o amor e com ele conquiste o mundo!" - Albert Einstein

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Amor descartável



E os laços afetivos estão cada dia mais frágeis....



Vivemos tempos difíceis no plano dos relacionamentos amorosos. É difícil conhecer alguém bacana, permanecer com esse alguém, conviver, enfim, compartilhar uma vida em comum. Fala-se muito da crise da instituição de casamento. Fala-se dos efeitos da revolução sexual e da quebra de tabus sobre o comportamento humano, da "liberação dos corpos". Fala-se, finalmente, de inúmeras transformações sociais que produziram verdadeira reviravolta no campo dos afetos e da sexualidade moderna.
O fato é que a forma de se encarar o amor, o sexo, o compromisso, o casamento, a liberdade individual, etc. mudou muito nas últimas décadas. Interessa-me, aqui, falar de um processo grave que é o da fragilização dos laços amorosos. O que vem a ser isso? Oras, tudo indica que o modo de se relacionar do homem moderno ficou mais capenga, mais efêmero, leviano e débil.
Bauman chama todo esse processo de banalização de: "Amor líquido". Isto é, uma nova modalidade de amor baseada no padrão dos bens de consumo: deve-se manter o amor só enquanto trouxer satisfação, em seguida se deve substituí-lo por outro que prometa mais satisfação. São relacionamentos-mercadorias, obtidos sem muito esforço ou dedicação. Diante da oferta, ponderam-se os prós e os contras e leva-se para casa. Claro, o afeto deve ficar fora disso, pois se o produto não agradar pode ser deixado de lado, descartado.
Triste constatação, mas parece que o diagnóstico de Bauman reflete com precisão o lugar subjetivo que as relações vem ocupando para as pessoas. As relações parecem ter se tornado mercadorias e, como tal, facilmente descartáveis.
Vamos chegar logo, no paradoxo ambivalente...
 Nos dias de hoje as pessoas anseiam por relações profundas e duradouras, mas querem relacionamentos leves e frouxos. Querem o máximo de intensidade com o mínimo de compromisso. Isso gera angústia e sofrimento. 
Relações duradouras, sólidas exigem comprometimento. Compromisso afetivo é sustentar uma escolha, assumir uma obrigação com alguém. Para germinar e crescer, o amor encontra compromisso em solo fértil. O problema é que, para muitos, compromisso é prisão. E você? Pensa assim também? Tem medo de compromisso?



Se o amor só serve enquanto faz bem, ele pode ser comparado a uma mercadoria. Mas, na hora da "troca", não há garantia de que você ficará satisfeito com o novo "produto" ou de que terá "seu dinheiro de volta". Descartar um parceiro como se faz com um celular é não se comprometer com o afeto. Será que quem reclama que está difícil se relacionar está disposto a se comprometer?




Pense nisso!!!

 

Um comentário:

  1. Julia... pelo menos cite a fonte da sua última frase... É da Dra. Maria Vilela Nakasu, psicóloga e professora, em artigo publicado por ela na Revista Caras.

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