"Se num dia de tristezas, tiveres de escolher entre o mundo e o amor... escolha o amor e com ele conquiste o mundo!" - Albert Einstein

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Ansiedade: O mal do século


Muitos acreditam que a ansiedade é o mal do século, e de fato, muitos são os sujeitos que sofrem deste mal, principalmente quando pensamos a realidade em que vivemos, com tanta correria, rapidez, informações que invadem o psiquismo e as relações humanas. Curioso é o fato que cada vez mais se produz meios de entretenimento para uma sociedade cada vez mais estressada, doente, entediada. Por outro lado, houve um tempo em que o ócio era cultivado e ficar com a mente desocupada, despreocupada era o que se almejava, o que hoje significa estar à toa, inútil. E aí a discussão sobre ansiedade começa a ficar interessante quando pensamos na sua origem, disposição para a inquietação, o que revela a dificuldade de muitos em ficar quietos, sem se ocuparem ou preocuparem com nada. Ao contrário do que muitos pensam, a ansiedade não é um assunto tão simples. Ao nascermos, já experimentamos um enorme estado de ansiedade, o que nos remete ao desamparo original do ser humano, constitutivo de todo sujeito. Depois, à medida que vamos crescendo, outras situações são vistas como perigosas, ameaçando nossa tranquilidade, nos relembrando este desamparo, seja frente ao vestibular, casamento, nascimento de um filho, morte de alguém querido, entre outras, que possuem em comum a perda ou separação de um objeto amado.
Assim, a ansiedade é algo que se sente, e diferente de outros estados afetivos, ela possui um alto caráter de desprazer, acompanhado de sensações físicas, como dores de cabeça, dores musculares, tonturas, entre outras. Tal desprazer é indefinido e possui uma falta de objeto, ou seja, ele não é específico, óbvio e é diferente do medo que tem um certo objeto, como medo de carro. Assim, a ansiedade dita “normal” se difere da ansiedade “não normal”, sem causa aparente, desconhecida. Como a função da ansiedade é sinalizar uma situação de perigo, na ansiedade “ normal” este perigo é conhecido, enquanto na ansiedade “não normal” ele é desconhecido.
Contudo, ele pode ser descoberto, no sentido literal da palavra, des-coberto das amarrações que o sujeito vai fazendo e escondendo de si mesmo os motivos inconscientes que o levam a sofrer. Assim, a pessoa recomendada para fazer este trabalho é o psicólogo, o qual emprestando sua escuta e experiência clínica vai amparar o sujeito que sofre.

 

Um comentário:

  1. No meu tempo n se falava em ansiedade, como se fala hoje em dia.... Fica muito difícil sem ajuda de um profissional parar de ser ansioso! A vida é muito estressante, muita correria, muitos problemas! Chegamos a um pto que crianças sofrem de ansiedade, precisamos realmente nos acalmar e pensar melhor na saúde!

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