"Se num dia de tristezas, tiveres de escolher entre o mundo e o amor... escolha o amor e com ele conquiste o mundo!" - Albert Einstein

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Bipolaridade

A bipolaridade vem sendo alvo de atenção a cada dia.
De fato, é uma das perturbações mentais mais atuais no seio da discussão científica, e tem sofrido grandes avanços na forma como se define. É de uma complexidade extrema, sendo um dos mais difíceis diagnósticos em saúde mental. Embora haja manifestações muito fortes e evidentes da perturbação, são muito frequentes manifestações mais moderadas que podem passar despercebidas. O que a distingue, acima de tudo, é a presença de sintomas “maníacos”. Sendo a mania uma palavra familiar, falamos aqui de algo muito diferente da “mania das limpezas”, da “mania de dizer mal” ou da “mania de embirrar”. Falamos de sintomas como uma disposição anormalmente expansiva, positiva ou irritável, da redução de necessidade de dormir, de um aumento desmedido e repentino da autoestima, que frequentemente roça a grandiosidade, de picos de intolerância à crítica à frustração, de períodos de produtividade excessiva e inesperada, de um discurso “saltitante”, acelerado e pouco coerente, ou mesmo de comportamentos de risco como gastos excessivos, picos de promiscuidade sexual, ou a ausência de percepção de perigo. Durante um pico maníaco, sentimo-nos os reis do mundo, como se nada nos pudesse tocar. Durante um pico positivo, nem todos estes sintomas estarão presentes. Nem todos eles estarão facilmente evidentes, e igualmente intensos. Aquilo que sabemos é que estes se agrupam nesta perturbação, e é muito frequente alternarem com estados depressivos e com momentos de normalidade, em que tudo está como esteve antes de surgir a perturbação. Estes momentos podem variar na sua duração e no tempo que decorre entre cada um deles. E este é um dos aspectos que torna difícil o diagnóstico. Apesar desta dificuldade, a maioria dos estudos tem vindo a estimar que cerca de 1% da população mundial possa sofrer desta perturbação. A idade habitual de aparecimento da perturbação bipolar situa-se na casa dos 20 anos, início dos 30. 

 

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